segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MOÇÃO APROVADA EM ASSEBLÉIA GERAL D@S ESTUDANTES DA UnB em Março de 2010

A reitoria recentemente tomou a atitude de acusar os moradores da CEU pela não concretização da reforma da casa. A culpa é nossa por não aceitarmos a proposta deles de ficar em hotéis e albergues, sendo alguns com quartos de até seis ou sete beliches, sem a mínima privacidade. Você estudante, já pensou em ter que escrever sua monografia numa situação dessas? É fácil colocar a culpa na gente por falta de solução para este dilema, difícil é admitir que é responsabilidade da administração da universidade encontrar um meio de realocar os moradores da CEU garantindo qualidade de vida para seus estudantes.

A reforma do RU, prevista para durar alguns meses durante as férias, foi adiada por mais um ano. Por quê? Porque não foi previsto tudo o que precisava ser reformado. Esta irresponsabilidade da administração afetou mais de cinco mil usuários, entre estudantes, servidores e outros. Mesmo assim a administração espera que acreditemos que a reforma da casa do estudante se estenderá por apenas seis meses. Sendo que há documentos constatando que o prédio precisa de uma reforma desde os anos oitenta. Que garantia um dos setores mais negligenciados da universidade tem para acreditar neste prazo de um semestre?

A Associação dos Moradores da CEU (AMCEU) é uma entidade formada por estudantes, eleita anualmente para liderar as movimentações da casa. Somos estudantes, de vários cursos e semestres, todos socioeconomicamente classificados como baixa-renda, grupo I ou II, boa parte tem que trabalhar ou conseguir bolsas por necessidades financeiras. Não somos pagos para administrar a CEU. Não somos pagos para elaborar propostas nem temos a formação e o tempo disponível para isso. Porém diante da negligencia da administração, elaboramos uma proposta de remanejamento dos moradores para execução da reforma com orçamento oferecido pelo MEC excepcionalmente para o remanejamento, cerca de 1 milhão e 600 reais. A idéia é que a UnB alugue apartamentos na L2 Norte e Sul (mantendo dois estudantes por quarto) e abarque com transporte diário além alimentação aos finais de semana, como já faz atualmente.

Calculando o valor do transporte e os gastos com energia, luz e água, a proposta da AMCEU ainda fica cerca de 300 reais abaixo do valor da proposta elaborada pelo DAC, a qual nem inclui gastos com transporte. Alegam que a nossa proposta é ”inviável“ porque as imobiliárias não alugam para estudantes. O que não entendemos é porque há tantas repúblicas estudantis próximas a UnB e por que uma universidade do porte da UnB não consegue resolver este problema.

Outra constante nas falas da administração é alegar falta de verbas. Só pode ser piada! Com o PNAES, um plano nacional do MEC que destina verbas carimbadas para assistência estudantil, que só em 2009 o valor foi de R$7.228.955,55 e em 2010 serão mais de 9 milhões apenas para a Universidade de Brasília utilizar em assistência estudantil. Sem esquecer a universidade já tem uma verba própria direcionada a assistência estudantil que deve condizer com suas dimensões e demandas.

Além disso, recentemente todos puderam tomar conhecimento dos novos projetos, já encaminhados da universidade: a construção de um grande centro de convenções e um hotel a beira do lago Paranoá. Será então que o problema é a falta verba ou é falta de prioridade para que a reforma da CEU saia do papel?

Exigimos começo imediato das negociações através da prometida mesa de negociação permanente de assistência estudantil, conquista do recente ato de ocupação promovida pela AMCEU no primeiro semestre de 2009.

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