sexta-feira, 29 de maio de 2009

Relatório do XXXIII ENCE, Belém do Pará – Delegação de Brasília.

Relatório do XXXIII ENCE, Belém do Pará – Delegação de Brasília.

Primeiro dia

Votação do regimento do ENCE, ou seja, as regras que regem o encontro.

Segundo dia

Apresentação das casas. Momento em que as delegações apresentam suas casas, falando sobre as conquistas, a estrutura e outros aspectos que julgam necessários.

Em seguida foi lida pela mesa a programação do encontro.

Mesa 1: Moradia: Expansão, acessibilidade e participação estudantil.

Palestrantes: Prof. Juca da UFSM e presidente nacional do FONAPRACE, Professora Ney Cristina da UFPA e Danilo, coordenador do DCE da UFPA.

Pontos importantes na palestra: viabilizar uma rubrica especifica para a assistência estudantil; contratação de profissionais para trabalhar com assistência estudantil nas IFES; manter as ações já em curso nas universidades com relação à assistência estudantil.

Intervenções da platéia. Não existe nenhum projeto sobre A.E (assistência estudantil), dentro das universidades brasileiras. Assim existe um descompasso entre as demandas da assistência estudantil e o repasse de verbas para essas demandas; as verbas do repasse do PNAES foram devolvidas por falta de um projeto para a aplicação do recurso em assistência estudantil.

GT 1. Construção/Reformas de Casas no Desenho Universal

  • Inicialmente, nesse grupo de trabalho, foi discutido sobre o que seria o desenho universal. O desenho universal é aquele que visa a atender qualquer pessoa, inclusive as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Pode-se entender como uso igualitário e democrático dos espaços urbanos, pois visa evitar que barreiras físicas venham a existir, impedindo a segregação social.
  • O desenho universal é regulamentado pelo Decreto Federal n° 5296. Os projetos de construções/reformas das residências devem atender às normas estabelecidas pela concepção de desenho universal. Esses projetos serão elaborados e discutidos entre os estudantes e os órgãos responsáveis pelas obras na instituição.
  • Foi aprovado na plenária final que as casas de estudantes devem criar comissões que debatam o desenho universal em suas universidades, possibilitando dessa forma um aprofundamento dessa temática.

GT 3. Discussão sobre políticas de substituição de moradia (bolsa auxílio moradia)

  • Leila (moradora da CASEUN - UFPA) falou sobre o posicionamento dos moradores da UFPA, que são contra o projeto de auxilio moradia proposta pela universidade Federal do Pará para os moradores.
  • Bolsa auxílio moradia desarticula politicamente os moradores para se mobilizarem e proporem novos rumos nas gestões das IFES (Instituições Federais e Ensino Superior).
  • A bolsa deve ocorrer de maneira paralela a política de moradia estudantil e em casos de emergência, ou seja, casos de documentação incompleta para provar a renda, reforma de casas etc.
  • Essa questão fica a cargo de cada casa de acordo com as suas necessidades.
  • Com a bolsa auxilio há muitas facilidades para burlar o sistema e consegui-la indevidamente.
  • Vetar bolsa moradia.


Terceiro dia


Mesa 2 – Espaço para casas autônomas: estaduais, municipais e etc.


Palestrantes: Leandro, Curitiba – PR, CEUP; Antônio José, Casa autônoma do Ceará – Ceará; Anderson da ACEB - Associação de casas de estudantes da Bahia – Bahia; Aline, CELU São Lourenço – RS e Jairo CEUP – Casa de Estudante do Pará – PA.


Pontos importantes abordados: Inclusão dos estudantes do PROUNI nas casas autônomas, a CEUP de Curitiba possui 150 vagas atualmente; registro nacional da SENCE, casas autônomas; as casas pecam por ficar na tutela política dos prefeitos e governadores; montar um estatuto para registrar a ACEB; questões gerais sobre o ingresso de novos estudantes, principalmente os oriundos do PROUNI; dificuldades de conseguir recursos junto a prefeitos e governadores para manutenção das casas; Jairo da CEUP do Pará, falou da lei estadual que eles fizeram junto ao estado para conseguir recursos.

A mesa seguiu com propostas de registrar os estatutos das casas autônomas e as que já funcionam com estatutos mantê-las.

Quarto dia.

Livre para o conhecimento da cultura local e para as reuniões das regionais: Sul, Sudeste, Centro - Oeste, Norte e Nordeste.

Quinto dia.


Mesa 3 — Resignificando o lugar social do morador estudantil: como instigar a participação de todos.

Palestrantes: Teodoro da UFPE, Suélio ex-morador da CEU II Goiânia e Otávio que estuda a historia do movimento estudantil.

Pontos importantes da palestra: história do encontro nacional de casas, SENCE criada com a abdicação da UNE em desenvolver o que seria uma secretaria para casas de estudantes. A SENCE surgiu em 1976 e não tinha um caráter nacional que tem hoje; o FONAPRACE surgiu em 1986 para discutir política de assistência estudantil nas universidades brasileiras; fazer as associações de moradores e registrar de acordo com os estatutos; participar ativamente das comissões das casas, incentivar a participação dos estudantes na construção do movimento; acompanhar os recursos recebidos pelas universidades junto a reitoria; segundo Otávio, a historia de casas de estudantes tem um projeto de criação num contexto especifico; despertar para a importância dos ex-moradores de casas, bem como as suas experiências que os mesmos trazem consigo para o movimento.


GT 1 – SENCE, história, atualidades e novos rumos.

Principais pontos discutidos no GT:

  • Montar estratégias para divulgar a SENCE com outros movimentos sociais;
  • Não se aliar a partidos políticos;
  • Construção do congresso nacional estudantil, CNE, proposto pela UNE, em junho desse ano, é importante para traçar novas metas do movimento estudantil de casas;
  • A construção do site da SENCE é importante para definir novos rumos para o movimento;
  • Criar comunidades no orkut para agilizar contatos entre as casas;

  • Necessidades de manter laços com movimentos sociais desde que defendam causas semelhantes as nossas;

  • Conhecer discutir e só depois ver se a SENCE (secretaria Nacional de Casas de Estudantes) adere ou não a participação no congresso nacional ou participar como observador;
  • Criar um fundo de recursos para a SENCE;

  • Criar uma comissão para fazer o acervo histórico da secretaria nacional de casas de estudantes.

GT 2 – Captação de recursos para as casas.

Principais pontos discutidos no GT (Grupo de Trabalho)

  • Institucionalização das casas para angariar recursos;

  • Promover eventos para conseguir recursos e comercializar produtos, articular com prefeitos e câmaras de vereadores;

  • Financiamentos para publicidade do movimento;

  • Criar associação de casas estaduais e/ou municipais.
  • Nesse dia tivermos o planejamento do ato público que é o momento de manifestação do movimento no sentido de ajudar a universidade local para levar as pautas mais urgentes junto à reitoria/PROEX e também reaver as pautas do movimento a nível nacional. Seguimos a organização do ato em comissões e demais preparativos para mobilizar os estudantes da UFPA para o ato.

Sexto dia

Plenária final.


Nesse dia concretizamos o ato publico com início ás 09h e termino as 16h, que constou com a paralisação de uma das principais vias de Belém e posterior apresentação das pautas do movimento local a reitoria da UFPA e demais pautas nacionais; depois seguimos com as votações das propostas levantadas nos GTs e não aprovadas nas plenarinhas; as votações seguiram até à meia noite de sábado.


Balanço financeiro da COENCE (Comissão Organizadora do ENCE)

  • 500,00 reais doados a CASEUN (Casa de Estudantes da Universidade do Pará) por patrocinadores;

  • Dinheiro das inscrições do evento;

  • Ajuda da PROEX –Pro-reitoria de extensão
  • Avaliação do encontro

  • Rever a duração do encontro;
  • Ressaltar a importância do Pré-ENCE (encontro que organiza o ENCE) para o ENCE

  • Parabenizamos a COENCE pela organização do evento;

  • Ver a questão da participação das delegações;
  • Enxugar o conteúdo dos ENCEs, ou seja, diminuir a carga de conteúdos e fazer um evento menor;

  • Ver os horários de inicio e término das culturais de maneira que não atrapalhe a participação dos moradores no ENCE.

    Observações importantes:
  • Os representantes da CEU UnB na SENCE são João Teodoro da silva filho e Erika Martins, ambos serão submetidos a aprovação da AMCEU. Caso esses nomes sejam rejeitados, será feita consulta entre os moradores da CEU UnB para eleger outros representantes.

  • Não foi concedido a nós (participantes do encontro) os 100km no trajeto dentro da cidade, que temos direito previsto em contrato entre a UnB e a empresa Moura. Eu João Teodoro, pedi o contrato ao motorista e o mesmo não me deu para eu aferir essa informação. Comunicamos ao chefe do SME Aislan, que nos acompanhou na viagem, mas o mesmo não tomou uma posição efetiva no sentido de solicitar aos motoristas que nos concedesse esse direito.